domingo, 26 de abril de 2009

Corinthians vence, e "quase" comemora

Corinthians e Santos levaram o empenho e a dedicação das semifinais para o primeiro confronto decisivo. O apoio da maioria da torcida fez o Peixe tomar a iniciativa das ações, mas o Timão também se mostrava acordado no contra-ataque.
No primeiro lance agudo do jogo, aos cinco minutos, Kléber Pereira recebeu passe de Paulo Henrique dentro da área, só que pecou pela indecisão e deixou a bola sair pela linha de fundo. O Corinthians respondeu em uma investida pela esquerda. Moraes cruzou e Jorge Henrique utilizou um carrinho para tentar o gol. Atenta, a zaga santista afastou.
Como virou rotina no futebol, a bola parada mostrou grande peso na decisão do Paulistão. Aos dez minutos, o Corinthians abriu o placar em uma falta sofrida por Moraes. Depois da ameaça de André Santos, Chicão bateu a infração e venceu Fábio Costa, que claramente hesitou no momento de partir para a defesa.

A partir daí, a partida ficou perfeita para o sólido sistema defensivo corintiano, considerado o melhor do Estadual. E justamente em uma falha clamorosa da retaguarda santista, o Timão ampliou no contra-ataque. Aos 25 minutos, Chicão deu um chutão, a zaga do Peixe saiu de forma desorganizada e deixou Ronaldo livre. Na cara do gol, o Fenômeno dominou com estilo e não perdoou: tocou na saída de Fábio Costa para marcar o segundo.

Além da obrigação de administrar o nervosismo da torcida, o Santos amargava uma tarde ingrata em seus domínios. Aos 37 minutos, Kléber Pereira, em posição duvidosa, foi lançado nas costas da zaga e parou em ótima saída do goleiro Felipe. Na sobra, Neymar encheu o pé e viu o arqueiro corintiano salvar o gol de forma inacreditável mesmo caído.
Antes do intervalo, o Santos criou outras duas oportunidades. Aos 41 minutos, Triguinho tabelou com Neymar e, dentro da área, arrematou pela linha de fundo com desvio de Felipe. Na sequência do lance, Fabão completou cobrança de escanteio da direita e parou em mais uma intervenção do camisa um corintiano.
Cautela: Uma contusão muscular de Jorge Henrique obrigou Mano Menezes a modificar a forma corintiana de atuar na Vila Belmiro. Fabinho foi para o jogo com a obrigação de reforçar a marcação da equipe de Parque São Jorge.
Sem opções, o Santos partiu com tudo para o ataque. No início do segundo tempo, as jogadas aéreas surgiram como a principal opção dos donos da casa. Contudo, Fabiano Eller e Kléber Pereira erraram as conclusões de cabeça.

A falta de pontaria dos comandados de Vágner Mancini levavam os torcedores santistas ao desespero. Aos 13 minutos, após cobrança de escanteio de Madson e desvio de Paulo Henrique, Neymar perdeu uma chance livre na pequena área.
Com o Corinthians acuado, o Santos finalmente diminuiu dois minutos depois. Triguinho recebeu passe de Madson na ponta esquerda e cruzou. Felipe tentou cortar com o pé direito e inexplicavelmente mandou a bola para as próprias redes.

O gol incendiou a Vila Belmiro. Empolgado, o Santos avançou ainda mais suas linhas. Preocupado, Mano Menezes buscou aumentar o ritmo de seu meio-campo com a entrada de Boquita no lugar do apagado Douglas. Em suas cartadas finais, o Peixe apostou nas presenças de Robson e Roni.
Só que o Corinthians contava com Ronaldo. Em um contra-ataque, o Fenômeno saiu de Triguinho e viu Fábio Costa adiantado. Mesmo fora da área, um toque por baixo da bola foi suficiente para superar o arqueiro, para decepção até de Pelé, maior ídolo santista, que estava em seu camarote na Vila Belmiro.

Veremos quarta-feira agora, eles podem comemorar o Paulistinha enquanto nós podemos comemorar a Libertadores da Ámerica. Resta esperar.

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