segunda-feira, 1 de junho de 2009

Adeus Luxemburgo, pede pra sair, essa foi demais...

A constatação de Wanderley Luxemburgo de que falta um "jogador decisivo como Ronaldo e Nilmar ao Palmeiras" gerou discordâncias no elenco e até no Corinthians. O técnico tratou de justificar sua argumentação: precisava de atletas com outra característica nos últimos jogos, especificamente no empate por 1 a 1 contra o Nacional, na quinta-feira, pela Copa Libertadores.

"Não falei que os jogadores do meu time não prestam. Falei que faltavam jogadores com as características do Nilmar e do Ronaldo, que são os que eu citei. Contra o Nacional, precisava de alguém que driblasse, rabiscasse", comentou o treinador.

As palavras do treinador são uma resposta à repercussão do caso. Luxemburgo fez questão de saber o que Mano Menezes disse sobre sua declaração e preferiu concordar com o técnico corintiano, que vê em Diego Souza - seu comandado no Grêmio em 2007 - um jogador capaz de ser decisivo.

"Respeito o Mano. O Diego Souza faz mesmo a diferença. O Keirrison e ele são grandes jogadores mesmo, só não têm as características que eu precisava naquele jogo", reforçou o técnico palmeirense.

Como senão bastasse, Luxemburgo aproveitou para responder também a Pierre, outro que viu nos homens de ataque um "diferencial" no Verdão. "Naquele jogo, por exemplo, eu precisava de um volante como o Rincón, o Mazinho, que soubesse sair jogando. Mas eu tinha o Pierre. Não que o Pierre seja mau jogador. Ele só não tem as características que eu precisei na quinta-feira", comparou.

Nossa Opinião: Pra mim, quem é capaz de criticar o Pierre não mereçe meu respeito. Já chega Luxemburgo, trate de escalar esse time correto, lá, nós precisavámos de um técnico que não entrasse com 3 zagueiros mais dois volantes jogando em casa e com o Nacional totalmente recuado, lá, nós precisavámos de um treinador que colocasse o Ortigoza, que vinha resolvendo a situação nos últimos jogos do que um jogador acima do peso e que treinou dois dias no máximo na academia, lá, nós precisavámos de um treinador, que quando estava ganhando o jogo e vendo que após mudar seu esquema com 3 zagueiros e dois volantes, permanesse naquela mesmo, não precisavámos de um técnico frouxo, de um técnico cagado, que colocou em campo um tal de Jumar, segundo jogador mais odiado pela torcida, e que, por mais que ele coma o rabo de nosso treinador, nosso querido técnico não pode gostar tanto dele assim porque o nível de seu futebol é uma coisa absurda, aí está um dos fatores que levou nosso time a ser derrotado naquela quinta feira, mas falar mal do Pierre, um dos poucos que está jogando, ele só pode estar de brincadeira, vá treinar Moradei, vá treinar outros volantes por aí então, seu mercenário filho da p*. Ganha uma fortuna por mês para não fazer nada, pra ficar sentado os 90 minutos inteiros e ainda falar mal de nossos jogadores, que moral você está dando pra ele seu burro? "Lá, precisavámos de um treinador campeão da Libertadores, e que consecutivamente, saiba como jogar esta competição, não que Luxemburgo seja um mal treinador, mas não tinha as características que a torcida precisava para aquele jogo" - Fim de post.

Obina agrada filha e desabafa: "Para quem me criticava, está aí"


Na primeira vez em que foi titular do Palmeiras, Obina foi mal no primeiro tempo. Errava no domínio e nos passes. A torcida, porém, o perdoava por sua garra - dava carrinhos mesmo em bolas que saíam pela lateral. A disposição foi premiada com um gol em que o atacante demonstrou estilo para matar a bola. Era a hora de desabafar.

"Tantos me criticaram, tanto falaram mal de mim, que eu não tinha mais qualidade para jogar em um time grande, que eu não ia mais fazer gol... É assim que se mostra. Está aí", declarou Obina na saída de campo, depois de fazer seu primeiro gol desde 30 de novembro, quando ainda estava no Flamengo.

Mesmo em jejum, o jogador ganhou simpatia da torcida. Como quando entrou na sua estreia na quinta-feira contra o Nacional do Uruguai no Palestra Italia, teve seu nome intensamente gritado no empate por 2 a 2 com o Barueri neste domingo. E já pensava no que ia ouvir quando chegar em casa.

"Minha filha, de dois anos, me cobrava, falava 'Papai, gol!'. Com certeza ela e minha família ficaram felizes. O gol ia sair a qualquer momento, sabia que não ia ficar um ano sem fazer gol. E a torcida me passou confiança, quero retribuir trabalhando a cada dia. Tive um prazer muito grande em fazer este gol", disse, aliviado.

Um resultado tão rápido em uma contratação inicialmente reprovada deixa Luxemburgo em êxtase. O técnico desafiou os críticos a elogiarem Obina quando ele tivesse sucesso, e hoje comemora o fato de a torcida, que em parte está impaciente com o treinador e jogadores como Fabinho Capixaba, Marquinhos e Jumar, apoiar o ex-flamenguista.
"Coloquei o Obina na quinta-feira por um fator emocional. A torcida o abraçou por ser um jogador guerreiro, voluntarioso. E que sabe fazer gols, só não estava fazendo no Flamengo. Gosto do comportamento dele. Tenho certeza que o Obina vai ter sucesso no Palmeiras", apostou Luxemburgo.

E o atacante, mais sorridente do que em seus últimos dias no Flamengo, tem a mesma convicção. "É complicado ficar seis meses sem marcar gol. Sei o quanto me criticaram, mas tenho um potencial grande, confio em mim. Vou ajudar muito o Palmeiras. Espero que este seja o primeiro de muitos gols. E sei que posso marcar mais", prometeu.

Luxemburgo começa a aceitar críticas: "Gosto desta confusão"

"O futebol é cheio de fofoca, frescura, querem que todo mundo seja santinho. Mas tudo bem, não vou mudar o mundo. O futebol é gostoso e quero que continue essa confusão. Eu gosto desta confusão e de fazer parte dela". Esta declaração foi dada por Wanderley Luxemburgo após mais um discurso em que vociferou contra quem o critica. Misturando ironia e conformismo, o treinador tenta ver benefícios no fato de ser polêmico, como ele mesmo se define.
Desde as reprovações que ouviu por sua escalação e alterações no empate por 1 a 1 com o Nacional, pela Libertadores no Palestra Itália, o comandante do Palmeiras tem visto uma espécie de 'perseguição' ao seu trabalho, alegando que outros cometem os mesmos erros e são 'perdoados'. O técnico promete revelar em breve aqueles que ele chama de "perseguidores", mas segue os usando como justificativa para suas atitudes.
No empate por 2 a 2 desse domingo com o Barueri, por exemplo, Luxemburgo abdicou de seus costumeiros gritos e caminhadas na área técnica e não saiu do banco nenhuma vez. A postura, entretanto, não tem nada a ver com as críticas que ouviu por ter discutido com dois torcedores durante o jogo da última quinta-feira.

"Fiquei sentado porque não tinha nada na minha frente, como já fiquei em outros jogos. E mesmo assim passei informações para o Diego, o Pierre... Se o Brasil não tivesse tanta câmera e gente na frente do técnico, ia diminuir essas brigas com os árbitros", apontou. "Mas cada um vê como quer. Se estou na beira do campo, é ruim porque xingo. Se fico sentado e sou campeão, sou educado. Ficar vendo fantasma é complicado" , completou.
Outra 'tentativa de susto' no técnico é dada pela torcida. O comandante do Verdão começou o domingo apoiado por quem esteve na Arena Barueri. Depois de o Palmeiras ceder o empate, no entanto, Luxemburgo foi xingado, de maneira similar ao que ocorreu após o jogo contra o Nacional. O desempenho seria apenas um argumento para obedecer a ordens de hostilizar o treinador.

"De novo veio a torcida organizada gritar 'Luxemburgo mercenário'. Mas sou profissional, eles que agem por interesse. Sei quem é e que é algo político, orquestrado. Querem desestabilizar o Palmeiras porque sabem que essa renovação com o (vice-presidente Gilberto) Cipullo e o (presidente Luiz Gonzaga) Belluzzo vai dar certo se ganharmos a Libertadores", apostou.
Ainda sobre a competição continental, o técnico se vangloria por ter sacado Fabinho Capixaba e Souza para escalar Marquinhos e Obina ainda no primeiro tempo de quinta-feira. "Nenhum técnico tem coragem de trocar jogadores com 20, 30 minutos de jogo. E o futebol precisa disso. É o único esportivo coletivo sem tempo técnico, e eu entendi que não preciso esperar 45 minutos para mexer no time. Mudo porque é a única alternativa", explicou, já se preparando para novas reprovações, mesmo se tiver sucesso.

"As pessoas não têm que gostar de mim, têm que analisar o meu trabalho. Parece até que o futebol foi descoberto agora e só existe o errado. As maiores críticas vêm dos mesmos que falaram que não íamos ganhar do Colo Colo ou do Sport. São oportunistas à espera de uma situação desconfortável. Se passarmos pelo Nacional, vão falar que foi o São Marcos", previu, crente de que segue bem em seu trabalho.

"Tem camarada que diz que estou em um inferno astral. Então estou há 23 anos vivendo inferno astral ganhando títulos", satirizou Luxemburgo, técnico que mais vezes conquistou o Campeonato Brasileiro - cinco, o último deles em 2005 com o Santos. "Minha carreira é muito bonita e ainda vou incomodar muito, porque me sinto jovem", prometeu o treinador de 57 anos.