sábado, 16 de maio de 2009

Internacional X Palmeiras - Análise PB

O duelo deste domingo promete, o Internacional é o favoritíssimo ao título brasileiro, não apenas por seus resultados apresentados, mas sim pela boa equipe que o compõe, e nada mais nada menos, o time de Porto Alegre tem o melhor ataque do Brasil.

É o teste de verdade para a equipe palmeirense. Tite ameaçou ir com um time misto para o jogo, o que não facilitará muito, a equipe gaúcha é apontada como o melhor elenco do Brasil, e tanto os titulares tanto os reservas costumam mostrar um bom futebol, por outro lado, o Palmeiras vem forte, virá com o time considerado titular salvo pequenas excessões como é o caso do meia Willians que dará lugar a Marquinhos por motivos médicos. Vamos ver até onde esse time poderá chegar, e se poderemos sonhar com a conquista do Brasileirão 2009.

Ano passado, o Palmeiras perdeu de goleada para a equipe gaúcha no Beira Rio, foi um 4x1 devastador com um show do meia Alex pela equipe colorada, já o seu xará Alex Mineiro, que jogava pelo Palmeiras ano passado, foi o que marcou o gol palmeirense de penâlti, saímos ganhando mas acabamos perdendo feio. A certeza que dou, é que neste domingo essa situação não se repetirá, temos uma equipe mais jovem, mas com mais técnica, e que está se amadurecendo a cada jogo, temos o retrospecto favorável jogando fora de casa pela Libertadores da Ámerica, onde vencemos o Sport em Recife por 2x0, e o Colo Colo no Chile por 1x0, onde não tomamos gol, e jogamos de forma rápida e inteligente, utilizando muito os contra-ataques com Cleiton Xavier e Willians. Se o Verdão encarnar este espiríto de Libertadores no jogo de amanhã, poderemos certamente sair com um bom resultado de lá.

Luxemburgo estará utilizando esse jogo e o da 3ª rodada contra o São Paulo para testar o time perfeito para encarar o Nacional do Uruguai, e já avisou que nessas duas partidas entrará a campo com todos seus titulares disponíveis, dois jogos contra os dois melhores elencos do Brasil segundo os críticos é claro. É claro que todos nós palmeirenses queremos ganhar todos os jogos, mas se for pra perder, que seja nesse Brasileiro não é mesmo?

Contudo, iremos presenciar um ótimo jogo com toda certeza, a partida irá ser transmitida ao vivo pela Rede Bandeirantes, pela Globo e pelo SporTv.

Internacional X Palmeiras promete.

Avante Palmeiras, vamos mostrar que conosco não existe nenhum bixo-papão.

Verdão aposta no estilo Libertadores diante do "favorito" Inter


Logo na segunda rodada, o Palmeiras já tem um confronto direto contra um dos candidatos ao título do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, às 16 horas, no estádio Beira-Rio, o Verdão prevê dificuldades e, por isso, promete usar contra o badalado Internacional o futebol guerreiro que tem proporcionado bons resultados na Copa Libertadores da América.

"O Internacional é o melhor do Brasil, um grupo muito forte, é favorito ao título", definiu o zagueiro Marcão, que defendeu o Colorado até o início deste ano. "Para vencer lá, teremos que dar um algo a mais", concordou o volante Pierre.

Marcão acredita que o planejamento tem sido o diferencial do Internacional nos últimos anos. "Eles formaram uma base desde o ano passado. No último Brasileiro, o time foi mal porque acordou tarde, por isso jogou todas as fichas na Sul-americana", recordou.
Nem mesmo a chance de o técnico Tite poupar alguns titulares para o confronto contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, traz alívio aos palmeirenses. "Se existe uma equipe no Brasil que tem time para disputar duas competições é o Inter. O elenco deles é muito forte. Sem dúvida vai ser jogo muito difícil, vou me preparar bastante", prometeu o volante Pierre.
Ao contrário do Internacional, o Palmeiras armou uma reformulação para 2009, mas alcançou maturidade com as dificuldades encontradas no Campeonato Paulista e Libertadores da América. A ordem foi deixar de lado o futebol rebuscado do início da temporada.

"O Palmeiras está sabendo se defender bem, detalhe que pode nos beneficiar no Campeonato Brasileiro, uma competição que obriga a ganhar pontos fora", analisa Marcão. "Hoje, nosso grupo é mais confiante, mais equilibrado, sabe o que quer", completou o camisa 13.
Pela primeira vez no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras vai utilizar a força máxima, já que ganhou folga na Libertadores na semana que vem. Na classificação diante do Sport, na terça-feira, Luxemburgo utilizou um esquema mais defensivo, com três zagueiros, Souza no meio-campo e Diego Souza no ataque.
No Beira-Rio, Wanderley Luxemburgo fez apenas uma alteração no time que jogou em Recife: sai Wendel e entra Marquinhos. Além de deixar a equipe mais ofensiva, já que o ex-jogador do Vitória atuará no ataque ao lado de Keirrison, a mudança visa a Libertadores - Wendel está suspenso para enfrentar o Nacional de Montevidéu e Maurício Ramos jogará na posição em Porto Alegre.

Após duas partidas seguidas atuando fora de casa, o Inter volta a entrar em campo diante do seu torcedor. Longe do Beira-Rio, os colorados se saíram bem. Venceram o Corinthians, pelo Brasileirão, e o Flamengo, pela Copa do Brasil.
Tendo encantado pelo seu poder ofensivo no Campeonato Gaúcho, o time de Tite começa a se destacar na defesa. No par de partidas como visitante, os gaúchos não foram vazados.

"Foi criado um clima de que podíamos vencer a qualquer momento e não é bem assim no futebol. O grau de dificuldade aumentou e até aqui estamos indo bem, com uma vitória do Corinthians, no Pacaembu, e um empate diante do Flamengo, no Maracanã", comentou o goleiro Lauro, que não sofre gol a 475 minutos. A última vez que a bola entrou na meta colorada foi na vitória por 8 a 1 sobre o Caxias, no Gauchão, em 19 de abril.

No meio da semana ocorrerá o confronto de volta diante do Mengão. Com uma decisão tão eminente, a comissão técnica opta por poupar alguns jogadores. Os zagueiros Álvaro, por desgaste físico, e Índio, gripado, Além do volante Magrão, com desconforto musuclar.

FICHA TÉCNICA INTERNACIONAL x PALMEIRAS

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Data: 17 de maio de 2009, (domingo)
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ)
Assistentes: Dibert Pedrosa Moisés (Fifa-RJ) e Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ)

PALMEIRAS: Marcos; Maurício Ramos, Danilo, Marcão e Armero; Pierre, Souza, Cleiton Xavier e Diego Souza; Marquinhos e Keirrison
Técnico: Wanderley Luxemburgo

INTER: Lauro; Bolívar, Danilo Silva, Danny Morais e Kléber; Sandro, Guiñazu, Rosinei e D'Alessandro; Nilmar e Taison
Técnico: Tite


Mauricio Ramos se torna o "Stam do Palestra Itália"


Wanderley Luxemburgo vai usar o duelo deste domingo contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro, para testar o time que deve enfrentar o Nacional, no dia 28, pela Libertadores. Sem Wendel, suspenso no torneio continental, o zagueiro Maurício Ramos atuará na lateral direita inspirado em um nome de sucesso no futebol europeu: o holandês Jaap Stam.

O defensor, já aposentado, passou a atuar fora da grande área no final de sua carreira, no Milan. A estratégia do técnico Carlo Ancelotti era liberar seu ala esquerdo para atacar, transformando o 4-4-2 em 3-5-2 sem mudar nenhum jogador. É o que sonha o treinador do Palmeiras.

"O Stam atuava assim no Milan. O Maurício Ramos jogará como um falso zagueiro e um falso lateral. É lateral para passar a bola e volta como zagueiro, com o Sarará ou o Marquinhos fechando no meio", explicou Luxemburgo, citando outros exemplos de atletas que fizeram a função que seu camisa 15 executará no Beira-Rio.

"O Reiziger também era assim no Barcelona. Aqui no Brasil, o Inter tem o Bolívar e o São Paulo jogava assim com o Alex Silva", relembrou o comandante, que escalará Danilo, Marcão e Armero completando a defesa no Rio Grande do Sul.
'Novidade' para o confronto no Sul, Mauricio Ramos não se assusta com seu papel. O zagueiro atuou como lateral em parte das vitórias sobre LDU e Colo Colo, pela Libertadores, e começou nas categorias de base do Coritiba como um camisa 2. Por isso, se diz tranquilo.
"Subi para o profissional do Coritiba como zagueiro, mas comecei como lateral e o professor sabe disso. É bom para aprender cada dia mais, ganhar confiança", argumentou o defensor, que demorou a se lembrar de Stam, mas usa o confronto de terça-feira contra o Sport como exemplo.
"Eu me espelho no Stam sim, e também no Igor, do Sport", apontou, recordando-se do zagueiro escalado como lateral direito no Recife. "Tenho que me espelhar nestas pessoas", completou Mauricio Ramos.

Aposta em Marquinhos - Com Willians vetado para fazer reforço muscular, Marquinhos, contestado pela torcida, deve ganhar nova chance como titular diante do Internacional. É mais uma prova da confiança que Luxemburgo tem no ex-jogador do Vitória.

"Como todo jovem, o Marquinhos precise de alguém que lhe dê força. O moleque tem potencial, tenho que insistir nele porque ele é bom. E daqui a pouco, tudo que é muito ruim vira muito bom", previu o treinador, já comparando o camisa 11 com um dos atletas mais queridos do atual elenco alviverde.

"O Diego Souza também era contestado no ano passado. E a torcida já ameaçou gostar do Marquinhos naquele jogo contra a LDU. O futebol é assim e sempre vai ser, por isso que é gostoso", comentou o comandante do Verdão.

Luxemburgo: "Quando escalei o Marcos, eu era um bosta"


Com grande atuação nos 90 minutos e três pênaltis defendidos diante do Sport, Marcos termina a semana renascido como 'santo'. A apresentação do goleiro em Recife, porém, não surpreendeu Wanderley Luxemburgo. O técnico até aproveitou a chance para lembrar das críticas que recebeu ao recolocar o ídolo no gol alviverde, em 6 de fevereiro de 2008.

"Fui um bosta quando coloquei o Marcos de titular. Falaram que eu tinha que deixar o Diego Cavalieri porque ele estava bem e o Marcos tinha mais parafuso do que carro", recordou o treinador, que sacou o hoje reserva do Liverpool para a entrada do veterano arqueiro, recém-recuperado de cirurgia no braço.

Após perder quase toda a temporada de 2007 por lesão, Marcos retomou seu posto na derrota por 3 a 0 para o Guaratinguetá, pelo Campeonato Paulista. Terminou o torneio como campeão, agradecendo a oportunidade ao chefe. Mais de um ano depois, fechou a meta no Nordeste. Ou melhor, apenas cumpriu sua missão na visão de Luxemburgo.

"Contra o Sport, o Marcos não fez nada mais do que um grande goleiro tem que fazer. Se não fosse o Rogério Ceni, o São Paulo não seria campeão da Libertadores de 2005, como o Brasil não ganharia a Copa de 2002 se o Marcos não pegasse o que pegou contra a Alemanha", apontou o comandante. "O Marcos, o Rogério Ceni e o Dida são grandes goleiros. E grandes goleiros aparecem em grandes decisões, como fez o Marcos no Recife. Em mata-mata, fora de casa, a pressão é tanta que você fica encurralado, e é aí que o grande goleiro tem que aparecer", enalteceu o técnico alviverde.
Elogios à parte, Luxemburgo 'quase vetou' a aparição de um dos maiores atletas da história do Verdão. Em 93, na primeira passagem do técnico pelo clube, o recém-chegado arqueiro não inspirava confiança, mas seguiu treinando com os profissionais referendado por Valdir Joaquim de Moraes, ídolo do gol palmeirense nos anos 60 e inventor da preparação de goleiros.

"Em 93, quando cheguei, ele era cabeludo e gordinho. O Seu Valdir me falou: 'ele vai ser um grande goleiro'. E eu falei: 'mas nunca vi goleiro gordo!'. Realmente ele virou um grande goleiro", sorriu Luxemburgo, tentando tirar de si os méritos pelo sucesso do camisa 12.

"O Marcos está na história pelo que ele fez. Se não fosse eu, outro técnico também escalaria, como o Luiz Felipe Scolari o escalou na Libertadores que o Palmeiras ganhou, em 99. Qualquer um faria isso", previu.

Luxa rejeita 'perfil Libertadores': "Me ajustei ao futebol brasileiro"

O Palmeiras iniciou o ano como sensação do Campeonato Paulista jogando no estilo que Wanderley Luxemburgo gosta: velocidade, rápida troca de passes, intensa movimentação e inversões no ataque. Mas o time só seguiu na Libertadores quando ficou mais estático, priorizando a marcação e apostando em contra-ataques. A mudança, contudo, não tem nada a ver com o torneio. Segundo o técnico, a culpa é da baixa qualidade vista no Brasil.
Comandante do Cruzeiro de 2003 e do Santos de 2004, únicas equipes que fizeram mais de 100 gols em uma edição do Brasileiro, o atual treinador do Verdão não aceita ouvir que apelou para o estilo aguerrido típico da principal competição da América do Sul. Luxemburgo vê a sequência marcar e só depois atacar como ordem no país.

"No futebol brasileiro, está difícil fazer algo diferente e não posso fugir de uma realidade do país. Aqui, não tem times que jogam defensivamente e ofensivamente. Já faz uns três, quatro anos que estou me ajustando a isso", argumentou o técnico, campeão paulista em 2006 com um Santos que se 'especializou' em vencer a maioria dos jogos por 1 a 0.

"Posso ganhar jogando de uma forma ou de outra. Até agora, falavam que o Luxemburgo não servia para a Libertadores, mas isso é algo criado. Se eu perder, não presto de novo. Fico sempre no fio da navalha, e uma hora corto para um dos lados: elogio ou crítica", completou.

Até o momento, porém, Luxemburgo teve sucesso quando jogou mais recuado. Nas duas últimas partidas fora de casa pela Libertadores, contra Colo Colo e Sport, escalou três zagueiros (Danilo, Mauricio Ramos e Marcão) e dois volantes (Pierre e Souza), além de segurar Cleiton Xavier. Em Recife, o time chegou a ter por diversas vezes seus 11 jogadores atrás do meio-campo.
Mais do que a necessidade do resultado, atuar desta maneira, na visão do técnico, é o modelo padrão no futebol nacional. "A Europa está fazendo agora o que o Brasil fazia antes. E o Brasil está fazendo o que a Europa fazia. Comparem o Flamengo dos anos 70 com os times brasileiros de agora", solicitou.

"O Manchester e o Barcelona, que vão fazer a final da Copa dos Campeões, jogam com três atacantes, dois meias e um volante que sai. E eu gostaria muito até de escalar quatro atacantes, se eles voltassem marcando. Mas não tenho isso", reforçou, citando escassos exemplos de clubes brasileiros que se arriscam como as potências europeias.

"Fiquei muito feliz quando vi que Corinthians e Santos jogaram a final do Paulista com três atacantes, sendo ofensivo e defensivo ao mesmo tempo. E o Inter conseguiu se acertar com Nilmar, Taison e D'Alessandro. Mas mesmo assim joga com um zagueiro, o Bolívar, na lateral direita para poder privilegiar o ataque", apontou.

Apesar dos argumentos, Luxemburgo já se conforma: só será enaltecido pelo jogo mais cauteloso se vencer a Libertadores. "O futebol foi descoberto agora!? Falam de novidade, e já são anos com tudo da mesma maneira. Mas, mesmo há tanto tempo trabalhando, continuo sem saber nada de futebol para muita gente", concluiu.