quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sacconi vive fase inédita: sem interessados e raras chances no Verdão

Deyvid Sacconi chegou ao Palmeiras no segundo semestre de 2007 indicado pelo então técnico Caio Júnior como alternativa para ausências de Valdívia. Terminou o ano pleiteando vaga de titular e iniciou a temporada seguinte, já com Wanderley Luxemburgo, como opção quase certa após do intervalo. Uma séria lesão no joelho, porém, o tirou dos campos entre fevereiro e setembro. E o meia perdeu espaço a ponto de nem ser inscrito na Libertadores.

"Nunca vivi esta fase. Surgi no Guarani como promessa e era titular absoluto. É normal quando um atleta não está jogando outros clubes demonstrarem interesse, mas nenhum outro clube me procurou", revelou o jogador de 22 anos, vinculado ao Palestra Itália até 30 de junho de 2011.
Nesta temporada, o atleta, que tem 100% dos direitos econômicos ligados ao Verdão, só participou de cinco jogos, quatro pelo Paulista e nos 2 a 1 impostos no Vitória no último domingo, pelo Brasileiro. À sua frente, o técnico já colocou Evandro (hoje no Atlético-MG), Marquinhos e Willians, além dos titulares Diego Souza e Cleiton Xavier. Todos jogadores da Traffic, fundo de investimentos parceiro do clube.

"Escuto comentários sobre isso, mas mais importante do que não ser da parceira é ser do clube. Tenho que agradar ao treinador, que vai colocar quem achar melhor. E ele conversa, assume a responsabilidade de tudo que acontece. No futebol, tenho que acatar, respeitar a hierarquia. Só cabe a mim treinar para ter minha chance novamente", responde Deyvid.
Para se motivar, o meio-campista usa as raras oportunidades que teve em 2009, quando chegou até a fazer o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Guarani no Estadual. "Tudo é fase. Tento tirar coisas boas e resumo tudo em paciência e muito trabalho. Minha consciência está tranquila porque, nos poucos minutos que tenho entrado, dei conta do recado. Fico chateado, mas não posso me abater", contou.

Como todo jogador de futebol, o garoto sonha em ser titular do seu time e chegar à seleção brasileira. E se diz certo de que é com Wanderley Luxemburgo que tem possibilidades de vencer na carreira. Por isso, aposta mais em uma boa impressão nos quatro dias que o elenco ficará em Atibaia do que em tentar a sorte em outra equipe.
"Não penso em sair. Se eu continuar sem jogar e a diretoria quiser me emprestar, tem que ser para um clube com um bom elenco para compensar. Se sair para um clube que não for igual ao Palmeiras e que me dê dor de cabeça, como salário atrasado, prefiro ficar porque aqui tenho tudo. Só falta ter mais chances", comentou.

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