sábado, 25 de abril de 2009

A Verdade Sobre o Lado Sombrio da Força - SPFC


Entenda agora, a "brilhante" história do São Paulo Futebol Clube. Episódios que mancharam a história do futebol Brasileiro.

Origens

Mas de onde vem tanto poder?

O SPFC é descendente direto de outras agremiações da elitequatrocentona paulista. Especialmente do Paulistano, fundado em 1.900 por moços endinheirados que frequentavam "matches"no conservador Colégio Mackenzie.
Em 1.913, o clube deixou a Liga Paulista, escandalizado com a popularização do futebol, especialmente com a ascensão declubes como o Corinthians "dos carroceiros" e o Ypiranga.
Afinal, acreditavam que a fina flor da sociedade não podiaroçar suas peles alvas com imigrantes "suados" e mestiços do"populacho". João Saldanha, técnico e um grande historiador do futebol brasileiro fala sobre o racismo e o fim do futebol em times profissionais, como ocorreu com o Paulistano em 1.929.

Em São Paulo o Palmeiras resistia. O Paulistano, clube do jardim paulista preferiu fechar sua seção de futebol a ter de aceitar preto em seu time. No Rio Grande Do Sul, o Grêmio Porto-Alegrense também era intransigente.

(SALDANHA, 1999, p.156).

Já no ano seguinte os "bons moços" paulistas, no entanto, fundam o São Paulo (conhecido como o "da Floresta"). A corvermelha herdou do Paulistano; a preta, da A.A. das Palmeiras (sem relação com o atual Palmeiras).

Acima da lei

Por conta de má gestão e acúmulo de dívidas, o clube teve de fechar as portas anos depois. Retornou em 1.935.
Vale lembrar o que ocorreu no primeiro jogo oficial do SPFC:

A partida estava marcada para o dia 25 de Janeiro, aniversário da cidade. Por contas dos desfiles e outras comemorações, a Secretaria da Educação cancelou todas as atividades do futebol, decisão acatada por todos os clubes.
O SPFC, entretanto, sempre acima da lei, discordou. O tenente Porfírio da Paz, um dos fundadores do clube, pegou um táxi e foi até a Avenida Paulista, onde ocorriam as festividades. Com a arrogância que lhe era comum, subiu ao palanque e exigiu do secretário Cantídio Sampaio a liberação do jogo. Assustado,o secretário rendeu-se e trêmulo assinou a ordem, numa folha de receituário médico.
Por ter torcida mínima, o SPFC passou por inúmeras dificuldades financeiras. Não tinha onde treinar e onde concentrar os atletas. Chegou a ser salvo da falência por corinthianos e palmeirenses a quais eles odeiam tanto, no famoso “jogo das barricas”.

Aproveitou-se da Segunda Guerra para “comprar” o Canindé da comunidade alemã. Tentou tomar à força o Parque Antarctica do Palestra, mas fracassou.

Então, endividado e sem torcida, o SPFC decidiu construir o maior estádio particular do mundo. O empreendimento ficou acargo de Laudo Natel, moço ligado a bancos e com trânsito nasaltas esferas da elite econômica paulista. Depois de muita pressão sobre o prefeito Fábio Prado e degestões junto ao governador Adhemar de Barros, o “rouba, masfaz”, o SPFC conseguiu seu terreno na Zona Sul, onde ficaria distante da “pobraiada” do resto da cidade, numa gleba destinadaaos ricos da cidade. São 99 mil metros quadrados.

Confissão de Natel

Aos sao-paulinos renitentes, vale lembrar o que disse Laudo Natel, em depoimentos presentes até na virtualidade tricolor, como oSPNET.
Nós vendemos o Canindé, mas o dinheiro só serviu para pagar asdívidas do São Paulo.
Quanto à obtenção, está claro que a maior parte do terreno no Jardim Leonor, homenagem à mulher de Adhemar, foi obtida acusto zero.

Disse Natel, anos depois, cinicamente:
Foi um presente que o São Paulo recebeu de toda a coletividade.
Aliás, de toda a coletividade esportiva de São Paulo.
Vale lembrar que a Imobiliária Aricanduva era de propriedade (80%) do próprio Adhemar de Barros. Ele arrendara a gleba com empréstimo denunciado como ilícito. O estádio valoriza a área do entorno. É a famosa prática da irregularidade casada, em que o povo financia os negócios privados de um político. Também cabe lembrar que o SPFC ignorou solenemente, até hoje, as obrigações da contrapartida, firmadas em contrato. Não construiu o parque infantil em um quarto da área cedida e nem o estacionamento de 25 mi m2. De alguma forma, todos sabem disso, menos a imprensa paulista.


Todos sabem que Laudo Natel virou governador do Estado, por ordem dos ditadores que usurparam o poder no Brasil. Donode amplos poderes, sentava-se no banco de reservas do time.
Em 1.970, seu time perdia a decisão contra a Ponte Preta. No intervalo, Natel desceu de helicóptero no gramado e foi ao vestiário dos árbitros. Assim acabou o jejum de 13 anos, num dos episódios mais vergonhosos do futebol brasileiro.

Também sabemos que em 1990, o SPFC nao conseguiu nem passar pela refrescagem do Campeonato Paulista do mesmo ano, tendo a disputar a série A2 do ano seguinte. Mas, com seus "jeitinhos", o time nao precisou jogar a série A2, pelo contrário, foi campeão da primeira divisão do Campeonato Paulista de 1991, eliminando o próprio Palmeiras nas semi. É hoje, o único time do futebol mundial a ter caído em um ano e ter sido campeão no seguinte. Vergonhoso.


Clique na Imagem para ampliar.


Hoje, a relação incestuosa com o poder


Logicamente, a lista de fatos semelhantes é enorme e exigiria a publicação de um livro.
No entanto, vale saber que Juvenal Juvêncio, atual presidente do SPFC, foi dirigente da Cecap no governo de Laudo Natel.
Advogado, foi deputado estadual e investigador de polícia.
Como seu mentor, sabe o caminho das pedras quando o clube necessita agir nos bastidores. É o que tem feito esta semana, mobilizando autoridades públicas e imprensaleiros.

A dúvida é: como reagirá o pessoal do lado luminoso da força?

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