O Palmeiras entrou em campo com a vantagem de 1 a 0 obtida na semana passada no Palestra Itália. Até por isso, utilizou uma postura cautelosa e preferiu deixar o Sport tomar a iniciativa das ações. Nos 90 minutos, o time pernambucano marcou através de Wilson, no final da etapa complementar.
Na escalação, o técnico Wanderley Luxemburgo seguiu a tática da vitória contra o Colo Colo, no Chile, e foi mais defensivo com a presença do volante Souza na vaga do atacante William. Já no Sport, a opção foi totalmente diferente: o treinador Nelsinho Baptista escolheu o 4-4-2, com a entrada do meia Luciano Henrique no lugar do lateral Moacir.
Na próxima etapa da Libertadores da América, o Palmeiras enfrenta o Nacional, do Uruguai. Ao lado do São Paulo, o time de Montevidéu teve classificação automática às quartas de final pela desistência dos mexicanos. O primeiro confronto é na capital paulista.
O jogo - A decisão entre os brasileiros apresentou um início dentro do previsto: o Sport aproveitou o caldeirão da Ilha do Retiro e imprimiu uma grande pressão. Aos nove minutos, começou a brilhar a estrela de "São" Marcos, que defendeu uma cabeçada na pequena área de Paulo Baier.
Com intensa movimentação dos meias Paulo Baier e Luciano Henrique, além da presença do atacante Ciro, o Sport procurava trabalhar as jogadas com velocidade. Já o Palmeiras tinha dificuldades na saída de jogo para extrema preocupação de Wanderley Luxemburgo, que tentava corrigir os erros do time na beira do gramado.
O Palmeiras chegou a criar um lance de perigo em um voleio de Maurício Ramos defendido por Magrão, mas era encurralado em sua defesa na maioria do tempo. Aos 31 minutos, Marcos mostrou mais um momento de inspiração ao salvar o arremate de Paulo Baier, que apareceu livre nas costas da zaga.
Pouco antes do intervalo, o Verdão conseguiu sair um pouco para o ataque. Contudo, o Sport continuou mais perigoso. Aos 42 minutos, Wendel errou ao tentar cortar um lançamento e deixou a bola de presente para Paulo Baier. Na cara do gol, o dez pernambucano finalizou no contrapé de Marcos e mandou pela linha de fundo, deixando o torcedor pernambucano desesperado na Ilha do Retiro.
Ao fim do primeiro tempo, a fisionomia palmeirense era de clara preocupação com a inferioridade nos 45 minutos iniciais. "Não podemos depender apenas das defesas do Marcos. Temos que sair para o jogo", aconselhou o volante Pierre.
Apesar da saída de Paulo Baier, que havia perdido três chances claras, o Sport viu novamente Marcos se sobressair no início do segundo tempo. Aos oito minutos, foi a vez de Wilson lamentar a defesa em uma cabeçada.
O ímpeto do Sport, todavia, não era o mesmo da etapa inicial. Nelsinho Baptista tentou reanimar a equipe com a presença de Moacir no meio-campo. Luxemburgo respondeu com alterações no ataque do Palmeiras: saíram Diego Souza e Keirrison para as entradas de Willians e Ortigoza.
No final, quando as investidas do rival pareciam controladas, o Palmeiras acabou castigado. Aos 37 minutos, Luciano Henrique escapou pela esquerda e cruzou rasteiro. Livre na pequena área, Wilson teve apenas o trabalho de completar.
Após o gol, mais sustos aos palmeirenses. Com a expulsão de Wendel, o Sport partiu em busca do segundo. Nos acréscimos, Ciro mandou uma pancada de fora da área e lastimou o leve desvio de Marcos. A bola tocou na trave e foi para a linha de fundo.
Nos pênaltis, Marcos encerrou uma noite perfeita. Ele defendeu as cobranças de Luciano Henrique, Fumagalli e Dutra. O Palmeiras marcou com Marcão, Danilo e Armero - apenas Mozart perdeu. Resultado: vitória por 3 a 1.
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