sexta-feira, 3 de abril de 2009

Belluzzo faz trato de paz, mas Diego Souza quer evitar Recife


Depois dos problemas que enfrentou em Recife antes do jogo de volta das oitavas-de-final da Copa do Brasil de 2008 e da discussão entre diretores do Sport e Wanderley Luxemburgo, Luiz Gonzaga Belluzzo encontrou a alternativa para um ambiente pacifico na decisiva partida de quarta-feira, pela Libertadores: o presidente tem conversado com o mandatário do Sport e está tão crente na segurança da Ilha do Retiro que levará personalidades palmeirenses para o jogo.

É possível, no entanto, que o time não se concentre na capital pernambucana. E Diego Souza faz votos por esta opção. O meia foi um dos que tiveram o sono atrapalhado por rojões em frente ao hotel em que a delegação estava hospedado no ano passado, além de ver um dos vidros do ônibus que o transportava ser quebrado e os companheiros sofrerem com indisposição estomacal - a acusação é de sabotagem na comida. Por isso, só quer ficar perto do estádio no dia do jogo.

"Ficar em uma cidade próxima seria importante para pensarmos só em trabalhar, chegar lá e descansar. Se aconteceu uma vez, não se pode dar chance de acontecer de novo, ainda mais em um jogo decisivo. Não se pode dar chance para o azar", alertou o camisa 7, ainda revoltado com a recepção na última temporada.
"O que fazem extra campo é covardia, até porque todo mundo é muito bem recebido quando chega no Palestra, tem tudo do bom e do melhor. Lá jogam rojão, botam coisa na comida... Isso é covardia no futebol", frisou.

A programação oficial do Verdão no Recife só deve ser anunciada após o duelo deste domingo contra o Botafogo-SP, pelo Campeonato Paulista. O objetivo é não facilitar qualquer tumulto da torcida do Sport. O mais provável é que parte da delegação (comissão técnica e diretores) viaje na segunda-feira, enquanto o resto desembarcaria no Nordeste na véspera do confronto.
Se o trajeto da equipe é mantido em segredo, a recepção a Belluzzo já está acertada. O presidente alviverde procurou Silvio Guimarães, mandante rubro-negro, para mudar o clima que definiu como "tenso" após ver promessas de briga entre as duas torcidas na internet. Após receber garantias de segurança, decidiu levar personalidades palmeirenses em uma delegação que deve ter até 80 pessoas para acompanhar o duelo no Recife.

"Não vamos fazer nada para estimular a violência. O Palmeiras e o Sport têm tentado reduzir esta tensão. Não acredito em nada além da gritaria da torcida do Sport, o que é tradicional", projetou o economista, com motivos pessoais para a aproximação com o Leão da Ilha do Retiro. "Minha mulher é pernambucana e a família toda dela torce pelo Sport", contou.

Independentemente de quem o assistirá em Pernambuco, Diego Souza só garante raça em campo. Seja onde e como for a sua noite antes do confronto que pode até antecipar a eliminação do clube na primeira fase da Libertadores.

"Jamais vou entrar com medo e deixar de ser o jogador que sou. Se tiver que dar a vida por um companheiro em campo, se puder ajudar em qualquer situação, vou fazer porque só assim a gente vai vencer", prometeu. "Vão querer fazer pressão na nossa equipe, mas dentro de campo são 11 contra 11. Passei por coisas muito piores do que aquela. Isso não vai atrapalhar."

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