sexta-feira, 29 de maio de 2009

Após empate, Luxa reclama das cobranças da torcida

Mais um capítulo da troca de farpas entre o técnico Wanderley Luxemburgo e uma parte considerável da torcida do Palmeiras. Nesta quinta-feira, no empate do Verdão com o Nacional, do Uruguai, o treinador foi novamente alvo de críticas.

Quando o placar era de 1 a 0 para o Palmeiras, Luxemburgo optou por uma formação mais defensiva, com a presença do volante Jumar no lugar do atacante Keirrison. Alguns torcedores não gostaram da troca. Para piorar, o Nacional alcançou a igualdade no fim da partida, garantindo um resultado precioso para o encontro de volta, dia 17 de junho, em Montevidéu.

"Já fui chamado de burro pela torcida e provei que eram eles. Caramba, estou jogando as quartas de final da Libertadores, é importante o envolvimento. Qual o momento em que aconteceu isso?", questionou Luxemburgo. "Aqui, existe preocupação apenas em criticar. Mas essa é a cultura do clube. Quando jogamos fora, percebemos que existe envolvimento da torcida dos outros clubes. No Palmeiras, jovens como o Marquinhos, o Fabinho (Capixaba) não podem jogar. Aqui tem que matar um leão e fugir de outros quatro", emendou.

Diante da retranca do Nacional, Luxemburgo reconhece que o Palmeiras ficou devendo na parte técnica. Ainda assim, ele considerou exagerada a reação dos palmeirenses. "Já vi a equipe jogando pior e o torcedor estava do nosso lado. Dominamos o jogo", analisou.
Na diretoria do Palmeiras, o novo momento de ira da torcida contra Luxemburgo é visto com naturalidade. "Isso é da vida de treinador, o Luxemburgo sabe disso, não acho que vai afetar o nosso trabalho. O torcedor tem direito de dizer o que quiser. Não tem nada demais", explicou o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo.

Já o goleiro Marcos, principal ídolo do clube de Palestra Itália, procurou entender a reação dos palmeirenses. "A torcida é o reflexo do que o time faz em campo", finalizou o camisa 12, consciente de que o Verdão ficou em dívida nesta quinta-feira.

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