sexta-feira, 29 de maio de 2009

Palmeiras 1 x 1 Nacional: por Mauro Beting

* O Palmeiras teve surtos de bom futebol, e momentos de irritar santos como Marcos. Saiu com empate mais que decepcionante. Mas reversível pelo que a equipe tem feito na Libertadores-09.

* Luxemburgo deveria ter começado com um time mais ofensivo com Cleiton Xavier no meio e mais um atacante ao lado de Keirrison. Poderia ter apostado desde o início com Marquinhos na ala direita. Deveria ter apostado em Obina mais à frente no jogo, não tão cedo. Deveria sacar Keirrison, mas provavelmente seria melhor com Ortigoza segurando o rival atrás, e não mais um volante - sobretudo Jumar, aos 29 do 2o.tempo.

* Tudo isso é discutível. O Nacional fez um gol de canela. Indiscutível é que um treinador tão capacitado como Luxemburgo, tão experiente, tão calejado, não pode perder minutos discutindo com UM TORCEDOR atrás do banco de reservas, logo após a entrada de Jumar. Treinador não é pago para isso. Ainda mais alguém tão bem preparado, tão bem pago.

* Foram os primeiros 10 melhores minutos palmeirenses no Palestra na Libertadores. Nacional muito atrás, com um 4-4-2 muito afundado na área.

* Mas o time uruguaio foi tomando gosto pelo jogo, escorregando menos que a equipe brasileira (que não era visitante…), e cavando as faltas tolas que o Palmeiras foi cometendo, chamando o promissor zagueiro Coates (1m96) para a área.

* Aos 28, o Nacional melhor, Luxemburgo fez o que deveria ter feito 26 minutos antes: sacou o segundo volante desnecessário (Souza) e não deixou em campo Fabinho Capixaba.

* Cleiton Xavier virou o segundo volante que deveria ser desde o início, pensando o jogo com Diego Souza, que deixou de ser o companheiro de Keirrison para articular o ataque. K9 ganhou a guarida de Obina, importante como referência na área e no combate ao forte jogo aéreo ofensivo uruguaio.

* O Palmeiras melhorou. Até porque a torcida vibrou com Obina desde que ele foi para o banco, gritou por ele dois minutos antes de entrar (aos 26), e o astral foi outro. Mas o Nacional sabe o que fazer com a bola do meio para a frente, mesmo com uma zaga irregular.

* Na segunda etapa, o melhor reinício verde, com Marquinhos espetado, Armero acertando mais que errando, o Palmeiras fez 1 a 0 aos 10, com um golaço de Diego Souza, numa bomba de fora da área que deslizou no gramado molhado e venceu o goleiro Muñoz.

* A partida ficou a caráter para o contrgolpe verde. O Nacional tentou buscar o ataque, não achou o jogo, e o Palmeiras poderia ampliar. Mas sentiu a falta de velocidade na frente, a presença de Obina, e mais uma jornada infeliz de Keirrison.

* Tanto que aos 29, quando ele foi substituído para a entrada de Jumar para fechar o meio e evitar o gol uruguaio, boa parte do estádio aplaudiu a saída de Keirrison - não necessariamente a entrada de Jumar. Havia Ortigoza. Parecia melhor alternativa para evitar a chegada uruguaia, melhor com a entrada de Matute Morales no meio.

* Aos 36, Morales chutou torto, sem a marcação de nenhum dos volantes, Morro García enfiou a canela na bola às costas de Danilo, e empatou aos 36.

* O Palmeiras murchou, a torcida também, e o empate foi encarado como derrota pelo palmeirense, e como goleada pelos uruguaios, que celebraram demais no gramado e no vestiário.

* Eles estão na dele. Mas o Palmeiras ainda não está fora. Ficou bem mais difícil. Mas não impossível para o que esse time tem feito. Sobretudo quando há Marcos para garantir nos pênaltis. O placar que hoje, a 3 semanas da decisão, parece provável. Como qualquer outro.

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