terça-feira, 7 de abril de 2009

Professor do IWL se irrita com Sport e avisa: Ilha não influencia árbitro

A cobrança do Sport para que estrangeiros apitem os jogos contra o Palmeiras pela Libertadores mexeram com Anselmo da Costa, professor de arbitragem do Instituto Wanderley Luxemburgo (IWL). O ex-filiado da Federação Paulista de Futebol (FPF) discorda da suspeita levantada pelos pernambucanos e garante que o paraguaio Carlos Torres é experiente o suficiente para não se deixar levar pela pressão da torcida na Ilha do Retiro.
"Se o presidente do Sport confiasse no time dele, qualquer árbitro serviria, porque todos que estão atuando são honestos. Ele fez isso para desfocar seu time, mas saiu pela culatra. Veio um dos melhores árbitros do continente e ele não vai sofrer influência alguma", previu o árbitro à Gazeta Esportiva.Net.
Ao ver seus compatriotas serem 'esquecidos' pela Conmebol nos confrontos entre brasileiros no grupo 1, Anselmo lembrou de sua saída da FPF em 2008. O apitador foi afastado pelo presidente da comissão de arbitragem paulista, Coronel Marinho, por ser contratado da escola do técnico do Palmeiras. E não esconde a indignação.
"O Instituto está lá parar formar árbitros, não para ensinar a roubar. Isso deveria ser feito em um cadeião, não em uma escola", apontou. "Nossa preocupação é até levar apenas ex-árbitros, não-atuantes, para nossas palestras. Mas se eu der uma palestra no IWL vou ajudar o Wanderley?! Isso é ridículo."
Apesar de não acreditar que as dúvidas sobre árbitros formados no IWL tenham influenciado a Conmebol, o apitador viu a suspeita manifestada pelo clube do Recife como uma polêmica desnecessária e com apenas um motivo: justificar um possível fracasso diante do Verdão.

"Esta pressão só demonstrou um despreparo total do presidente do Sport. Quando se joga uma possível falha em alguém, é porque não se confia no que faz. Vai montar um time bom em vez de falar de arbitragem! Fazer isso é arrumar uma desculpa esfarrapada e inócua", criticou.
Fora do quadro paulista na temporada passada, e consequentemente sem condições de apitar pela CBF, o árbitro se prepara para apitar as semifinais e finais do Campeonato Baiano deste ano. Enquanto isso, se dedica às suas aulas, confiando que um dia respeitarão a escola como um local apenas de educação de novos árbitros.

"Deviam mistificar esta coisa de árbitro roubar e levar o futebol a sério. Mexeram com um projeto de total responsabilidade. Se soubessem como é, não falariam o que falaram. Mas sei o que é isso. Fui o maior prejudicado por este tipo de pensamento, tanto que me tiraram de tudo", lamentou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário